Quando te
conheci,
Moça simples
e singela tinha a beleza aquarela
Para um
quadro se pintar.
Que moça
bela!
Ela só vive
a cantar.
Teu canto trazia paz Lene.
Você era de
invejável beleza,
Que reluzia como cereja em um bolo a confeitar.
Você era
doce, Lene. Eu não nego.
E agora sem
você eu não existo!
Não consigo
nem ler um livro,
Sem você
para amar.
Como
serão os meus dias?
Sem tamanha
alegria quando teu rosto recordar.
Você
iluminava Lene.
Lembro-me das
primaveras e dos verões
Sem tristeza
e sem retrações estava e sempre a esperar
O tempo passava meu coração delatava quando
via teu olhar.
Olhar rasos
de lágrimas. Lembro-me.
Que em teu
rosto acariciava quando as via rolar.
As tuas
lágrimas brilhavam como pedras de diamante, cintilantes.
E quando eu
chorava,
Ah! Você me abraçava até a minha dor passar.
O outono, o
inverno chegava e você perseverava em nunca me abandonar.
Meu amor em
dias de chuva,
Você debaixo de um guarda-chuva
Estava
pronta a me salvar.
E quando
ensopado da chuva
Pegava a toalha
felpuda
Para meu
corpo secar.
E a cada dia mais linda você ficava,
E eu com
meus olhos a contemplava
O teu jeito
de fada quando ia tocar.
Parecia que
as teclas se hipnotizavam no teu dedilhar,
E quando a
música tocava eu recordava
O dia que
escolhemos nos casar.
Lene,
O teu olhar,
o teu sorriso,
O teu
carinho nunca mudava.
E a cada dia
que se iniciava
Cheia de
amor brotava
Ao meu lado
ao acordar.
Ah Lene! Muitas
coisas a contar.
Nem mil e
uma palavras iriam me calar
Que em dias
de frio pegava o cobertor para nos esquentar.
Nosso fogão
de lenha tem lindas histórias a relatar
Que entre brasas o nosso amor
só fazia fervilhar.
E que uma simples casinha era o lar doce lar.
Mas, o tempo
passou e a saudade ficou.
Lene, porque
você partiu?
Os dias para
mim ficaram tão frios.
E me desperto
a procurar
E do lado da
cama, vazia, sinto o cheiro das fragrâncias
Que
costumavas usar.
Sabe meu amor,
Você neste
mundo não deixou
Nem ódio e
nem rancor.
Você foi embora! Bem sei disto.
E sabe o que
ficou comigo,
Foi teu
sorriso em uma tarde de domingo...
Que sentada a
ver o céu colorido,
Falou-me ao
pé do ouvido
Amor, eu já
vou.
Então, Lene
recostou no meu ombro
E dormiu um sono profundo.
Ela partiu
deste mundo.
E minhas últimas
palavras entremeadas de lágrimas,
Eu disse:
Adeus, Lene!
Eu te Amo!
Antonio Wagner Nogueira
Triste despedida, lindas lembranças! abraços,chica
ResponderExcluirA dor do partir é grande, mas o que fica se eterniza! Abraços!
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